AMEMM
Associação Multidisciplinar de Estudos sobre Maconha Medicinal
sábado, 15 de agosto de 2015
sexta-feira, 20 de março de 2015
A corrida milionária pelo mercado do CBD
Por Susan Witte
As
recentes resoluções do CFM (Conselho Federal de Medicina), de
apoiar o uso compassivo do CBD, e da Anvisa (Agência Nacional de
Vigilância Sanitária), de reclassificar o CBD como uma substância
que possa ser prescrita por médicos indicam pouco avanço na luta
pelo direto de usar a canábis medicinalmente. As mesmas decisões,
entretanto, significam um grande sinal verde para empresas
interessadas em explorar o mercado do canabidiol, e a indústria já
tem se movimentado. Enquanto alguns pacientes declaram que os
extratos industrializados de CBD fazem maravilhas, outros reclamam do
preço abusivo e até duvidam da qualidade desses produtos. Será
esse o caminho mais seguro a ser seguido? Será o favorecimento da
indústria um mal necessário? Ou estaremos colocando pacientes em
uma situação ainda mais complexa?
Se
você está de alguma forma envolvido com o movimento pelo uso do CBD
medicinal, já deve ter ouvido falar em empresas com os nomes:
HempMeds, Dixie, Medical Marijuana Inc., KannaWay, KannaVest,
KannaLife, etc. Essas empresas se especializaram em vender “hemp
oil”, ou “óleo de cânhamo”, que segundo o rótulo é rico em
CBD e contém uma quantidade insignificante de THC, inferior a 0,3%.
Na verdade, todas essas empresas são dirigidas pelo mesmo grupo de
pessoas, uma combinação interessante entre traficantes e pessoas
sendo investigadas por diferentes tipos de fraude. Essas empresas
fingem se associar e comprar ações umas das outras para que sejam
valorizadas e consigam investidores. O mais interessante é que essas
empresas funcionam de um sistema de pirâmide, que vende mais para
seus colaboradores do que para o público externo, e funcionam à
margem da legalidade nos Estados Unidos.
Uma
pesquisa elaborada pela associação Project CBD, nos Estados Unidos,
trouxe à tona sórdidas revelações sobre o funcionamento dessas
empresas, que chegam ao Brasil através da HempMeds Brasil. Como a
HempMeds não tem autorização para vender medicamentos, os óleos
de cânhamo que produzem são vendidos como suplementos alimentares,
mas a empresa faz uso de “buzzmarketing”
para fazer uma publicidade focada em pacientes que precisam do CBD,
sobretudo crianças. Funciona da seguinte maneira: os representantes
da HempMeds oferecem o caro RSHO (Real Scientific Hemp Oil) de graça
para pais de crianças com epilepsia refratária, com a condição de
que eles contem para outros pais os benefícios do produto, postem
vídeos sobre o tratamento de seus filhos e passem a palavra adiante.
Como 10 gramas do produto chegam a custar 599 dólares, sem contar as
taxas e impostos da importação, muitos pais ficam felizes com o
acordo, sobretudo se o remédio tem ajudado seus filhos. A empresa,
portanto, consegue uma propaganda com relativamente nenhum custo para
empresa, para vender um produto para fins que ela não tem
autorização (ou controle de qualidade), usando pais e pacientes
desesperados. A prescrição desses produtos importados foi apoiada
pela CREMESP (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo)
e pela CFM.
Guia de Referência: Terapia com Maconha Medicinal de A a Z
Guia de Referência: Terapia com Maconha Medicinal de A a Z
Por Sergio Vidal, autor do livro Cannabis Medicinal introdução ao Cultivo
Introdução:
Atualmente, segundo a Lei 11.343 em vigor desde 2006, a União, através da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), pode autorizar o uso da maconha exclusivamente para fins medicinais e científicos.
Hoje são inúmeras doenças e sintomas que podem ser tratados ou curados com o uso medicinal dos princípios ativos produzidos pela maconha e qualquer busca mais detalhada sobre tema pode revelar isso. A partir de hoje, iremos publicar aqui no blog a lista das diferentes doenças e sintomas que podem ser tratadas com o uso da maconha e remédios à base da erva. Começaremos com uma breve introdução, falando mais a respeito a planta e das diferentes formas de administração dos seus princípios ativos.
ATENÇÃO: A maconha, seus extratos ou qualquer produto feito com a planta só podem ser usados para fins medicinais por pessoas que tenham prescrição de um(a) médico(a) e sejam autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Não recomendamos a nenhuma pessoa fazer uso por conta própria, sem recomendação e prescrição de um profissional de medicina, muito menos sem autorização da ANVISA. Todas as informações contidas nesta página servem apenas para informar a respeito do potencial terapêutico da planta e orientar na busca de informações adicionais. O uso de maconha e derivados ou de qualquer outro medicamento deve ser realizado apenas sob supervisão, prescrição e orientação de um(a) médico(a).
Caso você ou seu médico precise, a AMEMM pode auxiliar fornecendo informações sobre o uso medicinal da maconha ou te ajudando a encontrar um médico que prescreva próximo a você. Saiba mais: Associação Multidisciplinar de Estudos sobre Maconha Medicinal (AMEMM), ou escreva para contatoamemm@gmail.com
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015
Brazil Legalizes CBD; Activists Vow To Continue Fight For Full Access To Medical Marijuana
By Sergio Vidal
President, Multidisciplinary Association for the Study of Medical Marijuana (AMEMM)
Today, many scientists in different countries support the use of marijuana-based medicine as an effective treatment for diseases and to relieve various symptoms, including: AIDS, sickle cell anemia, amyotrophic lateral sclerosis, spasticity, glaucoma, rheumatism, among others.
In Brazil, millions of people with one or more those conditions could benefit from the use of medicines containing the active ingredients of the cannabis plant. But every disease and illness requires a specific biochemical balance between cannabinoids and terpenes. Each needs a specific way of administration.
In addition, each genetic variety of marijuana has a specific and unique combination of those natural compounds. More than 85 molecules are produced exclusively by the marijuana plant, in addition to the most famous, THC and CBD.
Opinião: Precisamos regulamentar e nacionalizar com urgência a produção de maconha medicinal
Desde o início da colonização até quase o século XX, muitos brasileiros cultivaram legalmente maconha em diversas regiões do país, inclusive o próprio governo, por meio da Real Feitoria do Linho-Cânhamo
Por Sergio Vidal*
Hoje, inúmeros cientistas em diferentes países aceitam o uso de remédios feitos à base de maconha como eficazes para tratar doenças e aliviar sintomas variados, entre as quais: AIDS, anemia falciforme, anorexia, ansiedade, artrite, ataxia, câncer, dependência por drogas, desordens digestivas, doença de crohn, distonia, dores crônicas, enxaqueca, cólicas, epilepsias, esclerose múltipla, esclerose amiotrófica lateral, espasticidade, glaucoma, reumatismo, dentre outras.
No Brasil, milhões de pessoas poderiam se beneficiar com o uso de fármacos contendo os princípios ativos da planta. Porém, cada doença e enfermidade exige um equilíbrio bioquímico específico entre cannabinóis, terpenos, um modo de administração singular, e cada variedade genética de maconha tem uma combinação específica dos compostos naturais. São mais de 85 moléculas produzidas exclusivamente por plantas de maconha, além do THC e CBD, os mais conhecidos.
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